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Escolas Cívico-Militares em Juiz de Fora

Alessandra Mantini*

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A proposta de implantação do modelo de escolas cívico-militares em Juiz de Fora tem gerado debates acalorados, especialmente por parte de alguns setores sindicais da educação. No entanto, é preciso ir além das narrativas ideológicas e observar com objetividade os resultados concretos que esse modelo tem proporcionado em diversas regiões do Brasil. O foco deve ser, sempre, a qualidade do ensino e o bem-estar dos alunos.


As escolas cívico-militares integram a gestão compartilhada entre educadores civis e militares, priorizando valores como disciplina, respeito, patriotismo e responsabilidade social. Esses pilares não excluem o conteúdo pedagógico tradicional, mas o fortalecem, criando um ambiente escolar mais seguro, organizado e propício à aprendizagem.


Resultados Comprovados no Brasil


Diversas experiências pelo país comprovam os avanços educacionais com a adoção do modelo cívico-militar:


Goiás foi um dos pioneiros e referência nacional. De acordo com dados do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), escolas cívico-militares do estado chegaram a superar a média nacional em mais de 40% dos casos. A Escola Estadual Major Oscar Alvelos, por exemplo, em Goiânia, saltou de 4,5 para 6,2 no IDEB em apenas três anos após a implementação.


Em Rondônia, as escolas militarizadas também apresentaram expressiva melhora na disciplina e redução nos índices de evasão escolar. A Escola Carmela Dutra, em Porto Velho, teve uma queda de 60% nos casos de violência e indisciplina em sala de aula no primeiro ano de implantação do modelo.


Em Manaus (AM), segundo a Secretaria de Educação do Estado, escolas com gestão cívico-militar apresentaram melhora no rendimento escolar e maior envolvimento da família na vida dos estudantes, o que é fundamental para o sucesso educacional.


Por que Juiz de Fora deve apoiar essa mudança


Juiz de Fora, cidade com forte tradição educacional, enfrenta os mesmos desafios que o restante do país: escolas públicas marcadas por casos recorrentes de indisciplina, evasão escolar e baixo desempenho. É nesse contexto que o modelo cívico-militar surge como uma alternativa eficiente e realista.


É importante deixar claro: a escola cívico-militar é apenas mais uma das possibilidades dentro da rede pública de ensino. Ela não é obrigatória para ninguém. Se uma família não concorda de maneira alguma com o modelo, existem outras escolas com linhas pedagógicas diferentes que podem ser escolhidas.


Por outro lado, negar essa oportunidade a comunidades que desejam uma educação com mais disciplina, segurança e bons resultados é injusto. Impor a rejeição ao modelo cívico-militar a todos, com base em ideologias ou interesses sindicais, significa desrespeitar o direito das famílias de escolherem o que é melhor para seus filhos.


A gestão compartilhada não militariza o conteúdo, tampouco substitui professores civis por militares. O papel das forças militares é atuar na organização, no controle da disciplina e na formação de valores, liberando os professores para focarem exclusivamente no ensino.


O que os pais e a comunidade precisam saber


Pais e mães que desejam um ambiente mais estruturado, com mais segurança, disciplina e foco na formação integral de seus filhos, devem se manifestar. Afinal, quem tem medo de polícia e de ordem na escola? Apenas quem não está interessado na melhoria real da educação.


Enquanto setores organizados tentam barrar o projeto, quem realmente sofre são os alunos — sobretudo os mais pobres, que dependem exclusivamente da escola pública para ter uma chance de futuro digno.


Conclusão


A adoção do modelo cívico-militar em Juiz de Fora é uma decisão que precisa ser analisada com base em dados, experiências concretas e no interesse real dos estudantes, não em agendas ideológicas. O sucesso do modelo em outros estados brasileiros demonstra que é possível transformar a realidade da educação pública com coragem, inovação e compromisso.


A escola cívico-militar não é para todos — e nem precisa ser. Mas ela deve estar disponível para quem deseja uma alternativa de ensino mais disciplinada, segura e eficaz.


*Alessandra Mantini é mãe, uma das fundadoras e atual

Presidente da Associação Escolas Abertas Juiz de Fora.

 
 
 

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