top of page

Levantamento inédito mostra que o uso de máscaras em escolas é política isolada.

Dos 49 municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes, apenas 4 (quatro) liberaram o uso de máscaras em locais fechados, mas o mantiveram obrigatório nas salas de aula.

ree

Não é de hoje que a Prefeitura de Juiz de Fora vem adotando políticas sanitárias hostis a crianças e adolescentes. Dentre os municípios com mais de 500 mil habitantes, ele foi o último a permitir o retorno das atividades presenciais nas escolas. Agora, em mais uma medida controversa e sem embasamento científico, a PJF resolveu liberar o uso de máscaras em locais fechados, mas manter a obrigatoriedade para as salas de aula.


A Associação Escolas Abertas Juiz de Fora é contrária à medida, pois não há evidências científicas que justifiquem essa distinção. Mais uma vez, as autoridades juiz-foranas colocam sobre as escolas uma aura de risco que não está sendo observada em outros municípios brasileiros.


Um levantamento inédito, feito pela Associação, analisou os dados dos 49 municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes e verificou que 41 deles liberou o uso de máscaras em locais fechados, mas apenas 4 destes mantiveram a obrigatoriedade nas escolas, enquanto os outros 8 municípios só permitem o uso facultativo em lugares abertos.


Apenas Juiz de Fora/MG, Salvador/BA, Campinas/SP e Jaboatão dos Guararapes/PE fizeram esta distinção e elegeram a escola como um ambiente com risco semelhante ao dos hospitais e estabelecimentos de saúde.


As justificativas da PJF, trazidas pela imprensa, sobre o baixo índice de vacinação entre crianças, também não são razoáveis, pois a cobertura vacinal dos adolescentes de 12 a 17 anos é equivalente a dos adultos, mas mesmo assim estes estão impedidos de retirar as máscaras em salas de aula.


Além do desconforto, o uso de máscaras nas salas de aulas dificulta a concentração e atrapalha o desenvolvimento socioemocional das crianças, causando prejuízos também ao processo de alfabetização.


A Associação reafirma que o uso obrigatório de máscaras apenas nas escolas é uma medida inócua sob o aspecto epidemiológico. Essa restrição não faz nenhum sentido no cenário atual, em que as crianças já podem interagir sem o uso do equipamento em outros lugares fechados e grandes eventos e shows já funcionam normalmente. Em municípios como São Paulo, Divinópolis e Curitiba, a retirada das máscaras nas escolas não interrompeu o ritmo de queda do número de casos e internações por COVID-19.


Fazer distinção entre o ambiente escolar e outros ambientes fechados é uma medida isolada entre os maiores municípios brasileiros. Mais uma vez nossas crianças e adolescentes estão sendo colocados como vilõess da pandemia, demonstrando que as autoridades não aprenderam com seus próprios erros.


Veja abaixo a tabela com o levantamento feito pela Associação.


Comentários


©2021 por ASSOCIAÇÃO ESCOLAS ABERTAS JUIZ DE FORA.

bottom of page