Baixa qualidade da educação é um dos fatores que dificultam a recuperação da indústria, aponta CNI.
- Escolas Abertas JF
- 10 de dez. de 2022
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O investimento na área é uma emergência nacional, de acordo com Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP),

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) elaborou um plano para a retomada do desenvolvimento industrial no país, que é fundamental para o crescimento consistente e sustentável da economia nacional.
Dentre diversos aspectos que dificultam a recuperação da indústria está a baixa qualidade da educação.
A entidade explica que o Plano de Retomada da Indústria integra um conjunto harmônico de objetivos estratégicos de longo prazo com propostas de curto prazo, que visam subsidiar as ações governamentais nos primeiros 100 dias do novo mandato presidencial, para fazer face aos desafios do desenvolvimento especial.
Para isso, as propostas relacionadas à educação envolvem os seguintes pontos:
– Elaborar uma política nacional de educação profissional e tecnológica. – Ampliar as matrículas na Educação de Jovens e Adultos (EJA). – Implementar ações de requalificação profissional. – Atualizar cursos de engenharias alinhados às novas demandas do futuro do trabalho. – Implementar Política Nacional de Educação Digital.
De acordo com Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o investimento na área é uma emergência nacional, já que a pandemia agravou o atraso brasileiro neste campo.
Ele aponta que é preciso reforçar a importância da educação profissional e tecnológica na sociedade, modalidade de ensino que possui a grande vantagem de associar dois direitos fundamentais: o direito à educação e o direito ao trabalho. No Brasil, o número de alunos do ensino médio que recebe formação profissional tecnológica é menor que em outros países da OCDE, onde índices de desemprego entre jovens são menores a taxa de industrialização mais elevada.
“Para voltar a contar com uma indústria de transformação pujante, indispensável para o país retomar taxas elevadas de crescimento, precisamos nos dedicar a educar nossos jovens” – diz Josué.
Ele acredita que, a partir de uma educação de qualidade e capital da fronteira tecnológica, será possível retomar a expansão do setor e da economia como um todo. Caso contrário, continuaremos a ver nosso rendimento diminuir dia a dia.
De acordo com índices apontados pela CNI, a cada 100 alunos que entram nos anos iniciais do ensino fundamental na rede pública em São Paulo, menos de 70 concluem o ensino médio até os 19 anos. Dos que terminam o ensino fundamental, menos de 50% possuem aprendizagem adequada em Língua Portuguesa, enquanto no ensino médio esse índice cai para menos de 40%. Isso significa, no mínimo, que temos um aprendizado insuficiente e desadaptado às necessidades do estudante, da sociedade e da economia.
Fonte: Veja Insight



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